terça-feira, 3 de junho de 2008

Agridoce

Estava eu ali, passiva, como um flâneur, observando a beleza difícil da cidade gris.
O olhar captura num intante o gesto de ternura.
O toque carinhoso numa face maltratada: feia e bonita, o ajeitar dos fios de cabelos desgrenhados e o sorriso delicado de pequenas covinhas.
Tendo o viaduto colorido como telhado para os desabrigados.
Mas, não de amor.

Em companhia de: roncar dos automotores, céu azul e poesia empoeirada.

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